Fisioterapia Uroginecológica

Capa da especialidade Fisioterapia Uroginecológica

Imagem: Fernando Zuffo

A Fisioterapia Uroginecológica, também conhecida como reabilitação do assoalho pélvico, atua no tratamento conservador das disfunções urogenitais e anorretais de mulheres e homens que são acometidos por estas disfunções. Ela envolve áreas da urologia (sistema urinário), ginecologia (sistema ginecológico), coloproctologia (sistema intestinal), sexologia e obstetrícia.

O envelhecimento e o pós-parto podem deixar os músculos do assoalho pélvico frouxos fazendo com que a mulher passe a ter menos prazer sexual; podendo também afetar o movimento e força do músculo elevador do ânus e da uretra, levando a uma possível incontinência urinária por esforço. Essa perda de urina pode ocorrer tanto devido ao esforço feito para tossir, espirrar, caminhar, correr e pular; caracterizada também como uma necessidade súbita e incontrolável de urinar. 
O assoalho pélvico é formado por músculos, ligamentos e fáscias. Suas funções são de sustentar e suspender os órgãos pélvicos e abdominais, mantendo as continências urinária, fecal, além de participar da função sexual. Consiste dos músculos coccígeos e elevadores do ânus que é atravessado à frente pela vagina e uretra e ao centro pelo canal anal.

A Fisioterapia Uroginecológica atua também no tratamento das disfunções sexuais principalmente no vaginismo. Neste caso, atua reduzindo o espasmo muscular, aliviando as dores perineais e melhorando a qualidade do desempenho sexual. As disfunções sexuais femininas podem influenciar diretamente a saúde física e mental resultando em dificuldades interrelacionais, frustrações, ansiedades, rompimento de relacionamento entre casais, levando à diminuição da qualidade de vida da mulher e consequentemente do seu parceiro.

Neste contexto, dentre as disfunções sexuais o vaginismo é uma patologia que consiste em uma contração involuntária persistente ou recorrente dos músculos do assoalho pélvico (MAP) quando se tenta a penetração vaginal com o pênis, dedo, tampão ou espéculo, dificultando também a realização do exame ginecológico preventivo. A contração ocorre nos músculos perineais e elevador do ânus e sua intensidade pode variar de ligeira, tolerando algum tipo de penetração, a grave, impossibilitando-a.

A atuação do fisioterapeuta na reeducação perineal do assoalho pélvico, tem como finalidade melhorar a força de contração das fibras musculares, promovendo a reeducação abdominal e um rearranjo estático lombopélvico através de exercícios, aparelhos e técnicas. Desta forma, a prática dos exercícios fisioterápicos reeducam e fortalecem os músculos do assoalho pélvico são importantes para toda a vida.

Profissionais

Beatriz Binna Kim

  • Fisioterapia

Crefito 3/298.305-F

Beatriz Binna Kim